Que lições retirar dos casos de insucesso CV?
A PPP no setor das telecomunicações, feita através da privatização seguida de concessão por 25 anos, foi um FRACASSO.
A ex-ministra das Infraestruturas e Transportes escreveu na sua página do facebook que o Estado de Cabo Verde nunca decidiu unilateralmente assumir a gestão executiva da CV Telecom, desmentindo assim a notícia divulgada pela RCV, no jornal da tarde do dia 21 de maio. Segundo Sara Lopes houve violação do acordo parassocial e o Governo agiu para defender os interesses de Cabo Verde.
Fontes do jornal Santiago Magazine garantem que a CVTelecom não está de boa saúde financeira, e que o Conselho Diretivo da empresa, na sua última reunião realizada neste mês de fevereiro, terá deliberado pela entrada do INPS e um grupo de empresários no capital social, repartindo pelo meio os 40% de acções da operadora brasileira, Oi, hoje em litígio. Ou seja, o INPS poderia assumir 20% e os restantes 20% ficariam com um grupo de empresários, cuja identidade as fontes deste diário digital não revelaram.
Muita tinta já se fez correr sobre a política das telecomunicações em Cabo Verde, designadamente a gestão da CV Telecom. A venda de 40% de ações à operadora brasileira Oi, o processo de implantação de 4G, a gestão de infraestruturas, são dossiers que, na opinião do maior partido da oposição, têm sido mal geridos, e cujos contornos e resultados os cabo-verdianos precisam conhecer. O MpD, por seu turno, tenta sacudir a água do seu capote, empurrando as culpas e possíveis falhas de gestão para o PAICV.
A Cabo Verde Telecom vai entrar na Bolsa de Valores de Cabo Verde em breve, decidiram ontem, sábado, os accionistas da empresa, que também aprovaram a convergência das três empresas do grupo (CVT, CVMultimédia e CVMóvel) e a criação de uma outra para gerir, no quadro do processo de renovação do Contrato de Concessão em curso, as infraestruturas concessionadas.
Empresária tomou da Unitel SA, em Angola, 35 milhões de dólares para comprar a T+, em 2012. Isabel dos Santos enfrenta agora um processo movido pela brasileira Oi, actual dona da PT Ventures, do universo PT, e que curiosamente reclama ser titular das acções da operadora lusa na Cabo Verde Telecom.